domingo, 13 de junho de 2010

A COPA DO PÃO DE QUEIJO NA ÁFRICA DO SUL




A Lua dormia quando seu cãolular tocou. Assustada, quase tropeçando nas patas, atendeu. Antes, porém, olhou o relógio: passavam alguns minutos da meia-noite. Quem seria nessa hora sinistra? Um fantasma? Um pão de queijo penado? Não! Era apenas o cachorro do Dunga.

Quem? Que coisa é essa agora? Quem é Dunga? Ora bolas! O técnico da seleção brasileira de futebol. O cachorro dele é o Dungacão. Pelo menos esse foi o nome dito quando a sonolenta Lua latiu o seu alô! E tanto o técnico quanto seu cão estavam na África do Sul.

Bom, e o que a Lua tinha a ver com isso? É que a branquinha tinha uma rede de relacionamentos intensa, intrincada e muito ampla. O Dungacão soube que a cadelinha branca era uma excelente repórter nos meios de comunicação canina. E que também era especialista em pães de queijo. Portanto, perfeita para integrar a equipe dos colaboradores da I Copa do Mundo do Pão de Queijo que aconteceria na África do Sul ao mesmo tempo em que os humanos teriam o seu campeonato mundial de futebol.

Dungacão se apresentou, contou sobre o evento e convidou a Lua para participar. O pagamento seria em pães de queijo. O contrato foi combinado. Mas ... afinal de contas ... onde estava mesmo o Dungacão? Na África do Sul!

- Pelos pães de queijo sagrados! – exclamou Lua. Lá vem a África de novo! Já não basta a minha mamãe estudando a tal Zambézia ... agora chega mais um pedaço desse continente! Não posso fazer feio, mostrar que não sei nada. Imediatamente correu para a biblioteca da mãe e começou a fuçar. Nada! Só Zambézia! Estava quase arrancando os pelos quando o Chicão acordou. O pastor alemão era bem mais velho e por isso mais sábio. Vendo a branquinha naquela inquietação toda perguntou qual o motivo de tanta agitação. Lua explicou que nada sabia sobre a África do Sul e como poderia fazer parte da turma de colaboradores da Copa do Mundo do Pão de Queijo?

- Ora, pequena Lua. Cachorro é cachorro aqui e lá. Queijo é queijo aqui e lá. Portanto, faça de conta que a Copa é aqui. Vai dar na mesma, - disse Chicão.
- Mas tio Chicão, a África é longe demais e tem coisas lá que aqui não tem, latiu a branquinha.
- É certo isso, pequena Lua, mas eles não tem coisas que temos. Portanto, empatamos – respondeu o pastor.
- Isso é! – latiu a cadelinha.
- Mas você pode consultar a cadela Azeitona sobre isso. Ela tem ancestrais africanos e pode te ajudar, aconselhou o pastor.
- Bacana, tio. Vou fazer isso mesmo! – disse pulando no pescoço do pastor alemão, dando-lhe uma grande lambida no focinho.
- Essas crianças de hoje ... exclamou o cachorrão, saindo vagarosamente e indo para seu tapete azul.
- Azeitonaaaaaaaaa. Azeitonaaaaaaaaaaaaaaaaa. Cadê você, Azeitonaaaaaaaaaaaaaaaaa, gritava a Lua pela casa.
- Credo! Estou aqui, Lua. Que escândalo é esse? – disse a Azeitona saindo debaixo de um cobertor. Ela sempre se escondia quando sentia frio. Era inverno e portanto, brrrrrr.
- Sabe o que é? Preciso saber tudo. TUDO. Tudinho sobre a África do Sul. – disse Lua. O tio Chicão disse que você tem um tal de ancestrais e ....
- Tenho ancestrais. Não é um! São muitos! – disse Azeitona. Todos africanos! Todo mundo tem. Você sabe o que são os ancestrais?
- Não! Deve ser uma caixa onde se guarda coisas ... um livrinho onde se anota coisas .... um vidro onde se coloca coisas ... Coisas! Eu tenho caixinhas de pão de queijo. São ancestrais? – perguntou Lua.
- Nada disso! São meus antepassados, meus avós, bisavós, avós dos bisavós ...
- Nossa! Quanta gente! Como você consegue carregar tanta gente com você? E onde guarda todos eles? Como eles comem? Onde dormem? Nunca os vi! – fala Lua ao mesmo tempo em que olha para todos os lados.
- Ai, ai e ai! Nada disso, Lua. Ancestrais são os antepassados. Estão quase todos mortos.
- Puxa vida! Então não servem pra nada! Que adianta ter tanta gente morta? Não vão falar comigo! – resmunga a branquinha.
- Lua, eu recebi todos os ensinamentos vindos dos meus ancestrais. Um vai falando para o outro, de avó para neto, de pai para filho. Assim, todos nós sabemos tudo.
- Ah! Que bom. Então, se você sabe tudo, me conta – exclamou a Lua, toda animada. Mas antes espere ... vou buscar o meu bloquinho de anotações. Fiz um com os rótulos das embalagens dos pães de queijo. Ficou bonitinho e cheira muito bem. Hummmmm.

Voltou pouco depois. Sentou-se na frente da Azeitona, colocando-se sobre as patas traseiras. Lápis atrás da orelha direita e bloquinho entre as patas dianteiras.
- Manda ver, Azeitona! – disse a Lua, toda animada.
- Afinal, Lua, o que você quer saber? – perguntou Azeitona.
- Tudo sobre a África do Sul. Lá vai ter a I Copa do Mundo do Pão de Queijo e eu fui escolhida como repórter canina. Vou latir tudo pros torcedores daqui. Preciso fazer bonito. Não posso ir latindo qualquer coisa. Não senhora! Quero que tudo o que sair deste focinho seja verdade de verdade. Por isso, liga para os teus ancestrais e eles que soltem os bigodes e nos contem.
- Lua, você realmente é única! – disse Azeitona.
- Sou lindíssima. Uma Gisele, como diz a Tia Cris. Se ela diz que eu sou ... eu sou mesmo! Sussurrou a Lua.
- Pois bem. Vamos por pedacinhos ...
- .... como uma dentadinha num pão de queijo quente .... interrompeu a Lua, lambendo os bigodes.
- .... começando pelo povo da África do Sul. – completou Azeitona.
- Certo, latiu a Lua.
- Lua, eu vou falando e você anota. No final, se ficar algum dúvida, a gente esclarece. Certo? Não fique me interrompendo o tempo todo ....
- Eu? Interrompendo? Imagine! Nunca! Sou quietíssima! Não falo nada! Sou uma pedra ....
- LUA! – grita Azeitona
- Calada! rrrr, resmunga a branquinha.
- Bom, a África do Sul tem uma diversidade cultural muito grande ...
- Mas o que é diversidade cultural? pergunta a Lua
- Gentes de diferentes costumes, línguas, crenças. Imagine que a Constituição reconhece onze línguas como oficiais...
- Ninguém se entende! Tá na cara ... ou melhor .... no focinho .... – exclama a Lua.
- Nada disso. O inglês é a língua oficial e comercial e é a mais falada na vida pública.
- All right. exclamou a branquinha.
- Vamos lá, diz a Azeitona. Quase toda a população é negra (80%) mas isso não garante que eles falem a mesma língua. Ao contrário. Hoje são mais de 43 milhões de pessoas mas como a AIDS está em grande expansão, é bem provável que em menos de 15 anos a população caia para uns 35 milhões.
- Mas ...peraí .... se todos os humanos sabem como a AIDS é perigosa ... porque continuam sem se cuidar? – pergunta uma Lua indignada.
- Isso é outro assunto, Lua. Não é coisa de cachorro!
- Nem o apartheid é coisa de cachorro, mas vamos falar sobre ele. Coisa mais idiota. Separar humanos brancos dos não-brancos. Será que separavam os cães de pelo preto dos outros? E os que tinham pelo branco e preto? E os pretos com pelinhos brancos e os brancos com pelinhos pretos ....
- LUA! Não quer saber mais sobre a África? – gritou a Azeitona
- Claro que quero, mas é que tem coisas ...
- ... dos humanos, Lua. Dos humanos! – resmungou Azeitona. Deixe isso com eles. Os cães não têm racismo.
- Isso é! sacudiu as orelhas, a Lua, toda feliz. Somos espertíssimos!
- O cachorro do Nelson Mandela disse que ...
- Você conhece o cachorro dele? Conhece? Me apresenta? Ele tem pulgas? Ele se coça? Tem vacina? Tem ....
- Lua! Ou você se cala, anota e fica quieta ou eu vou pra debaixo do meu cobertor! diz a Azeitona, muito irritada.
- Sim (bem baixinho).
- Pois bem. O cachorro do Nelson Mandela disse que somente em 1994 é que realmente o povo negro sentiu que o apartheid estava finalizado, quando seu tutor subiu ao poder. Até as pulgas saltaram mais felizes. Você está ouvindo, Lua? Parece que está quase dormindo!
- É que o Dungacão ligou muito cedo. Acordou-me. Cachorro sem noção! – explicou a Lua.
- Nada disso! É que lá na África do Sul são 5 horas a mais que aqui. Se ele ligou no começo da noite, aqui já era madrugada. Foi isso! explicou Azeitona.
- Continuo achando ele um sem noção! – resmungou a Lua que comeu um pão de queijo com pó de café para ficar desperta.
- Bom, Lua. Vamos ao que você mais gosta: a culinária.
- Slamb, salivou a branquinha.
- Olha. Os principais pratos da culinária da África do Sul levam a carne como ingrediente principal. E ela é tão importante que faz parte de uma das festas mais famosas: o braai, que significa carne grelhada.
- Mas isso é o nosso churrasco, não é? – perguntou Lua.
- Quase isso. É que tem temperos deles, o que faz a diferença. Mas também as carnes são de outros animais ...
- Tenho medo de perguntar! Que animais? – fala bem baixinho uma Lua apavorada.
- Pode ser o lombo de um jacaré, uma cabeça de carneiro ou mesmo as larvas de insetos, bem fritas.
- Eu não devia ter perguntado! Agora vou até o cantinho vomitar – por causa das larvas – e na farmácia tomar um calmante – por causa dos jacarés! – falou uma Lua toda arredia.
- Nada disso, Lua. São costumes deles. Não precisamos comer nada do que não queremos. Você queria saber dos pratos típicos e eu disse. Apenas isso. – explicou a Azeitona. Eles podem sentir nojo dos nossos pratos. Não se esqueça que aqui se come miolos, buchos ...
- Páraaaaaaaaaaaaaaaaaa. Argh! Quero minha ração. Quero meu pão de queijo. QUERO!!! – gritou uma Lua e chamou tanta a atenção que a Pipoca acordou assustada, pulando como um milho, e correndo até as duas cadelas perguntou o que estava havendo.
- Nada demais, Pipoca, disse a Azeitona. Estou explicando os pratos típicos da África do Sul para a Lua e ela ficou apavorada, enojada e outros “ada” !
- Comida? Hummmm – suspirou a Pipoca.
- Quieta você, exclamou a Lua. Se quiser ouvir – apenas ouvir – fique. Se não ... volte pra cama!
- Hunf pra você, disse a Pipoca, voltando para sua caminha e se enfiando embaixo do cobertor.
- Voltemos Azeitona. Vamos logo. Não posso perder tempo. Logo o Dungacão me liga pra passar a pauta pras reportagens do O AU, nosso jornal do condomínio, e eu tenho que estar por dentro de tudo. Continue, por favor, disse a Lua, ao mesmo tempo em que apontava seu lápis lixando a ponta no cortador de unhas caninas.
- Bom, ainda na culinária, eles têm as tortas de carne com batatas e lingüiças especialmente feitas, à mão, que são grelhadas diretamente no fogo. E ... Lua? Está me ouvindo?
- Slamb ... estou .... slamb ... lingüiça com pão de queijo .... slamb ....
- Mas tem o curry que é ardido como pimenta, mas é feito com uma mistura muito interessante: açafrão da Índia, cardamomo, coriandro, gengibre, cominho, casca de noz moscada, cravinho, pimenta e canela.
- Não era mais fácil comprar uma pimenta vermelha, daquelas ardidas? Mais fácil! resmunga a Lua.
- Ai, ai. Lua. Nada disso. Eu disse ardida e não pimenta. Cada um no seu lugar.
- Cada um no seu quadrado!!!! Auuuu, exclama a branquinha.
Azeitona ignora a explosão da cadelinha e parte para o final sobre o item da culinária: o papa, que é feito com farinha de milho e água, feito como um purê mais duro e que acompanha todos os demais pratos.
- Tem queijo ralado nele? pergunta Lua
- Não! responde Azeitona
- Então .... nadica de nada! Não tem mais nada? – questiona Lua
- Sim, saladas e frutas.
- HUNF! Mas eu sei que eles têm bons vinhos porque meu papai ganhou uma garrafa de um deles e gostou muuuuuito. Mamãe ganhou um tal licor de elefante ...
- Não é de elefante, Lua. É Amarula, uma frutinha típica de lá, explicou Azeitona.
- Mas tem um elefante no rótulo. Tem sim. diz a Lua.
- É só um desenho, pra enfeitar, explica Azeitona.
- Desde quando se enfeita com elefante? – Sei não! Tem coisas de elefante naquela garrafa. Minha mamãe disse que não pode tomar muito porque é pesado. Taí. Elefante é pesado! responde a Lua.
- Mas tem música lá, engatou a Azeitona, para ver se a Lua deixava de birra e teima.
-Música? Então meu pai vai gostar. Que música tem lá?
- Bom, Lua. Muito das músicas da África do Sul são adaptações de músicas européias, principalmente porque durante o apartheid não era permitido cantar em línguas africanas, apenas em inglês ou numa mescla de idiomas de nome afrikaans. Hoje já há todo um cuidado com a música local e os festivais de jazz atraem muita gente de todos os lados do mundo.
- Não falei! Meu papai vai se interessar. Ele toca jazz todos os fins de semana num tal chópi.
- Chópi? O que é isso? – pergunta Azeitona.
- É shopping, sua burrinha – gritou ao longe a Pipoca, debaixo do cobertor.
- Fique quieta sua amarela aguada ... berrou a Lua. Fica escutando conversa dos outros! HUNF!
- CHEGA! Gritou o Pingo, do alto de seu focinho de pit-lata. Todos se encolheram, até mesmo a samambaia. Quando o Pingo late ... o mundo se cala. A Lua se cala! Vixessanta. Continue, Azeitona, latiu o Pingo.
- Alguém quer saber sobre a literatura da África do Sul? perguntou a Azeitona, tentando melhorar o ambiente carregadíssimo!
- Desembuche, falou a Jujuba, ajeitando seu boné virado pra trás, uma autêntica badcadela e ajeitando sua coleira antipulga onde ela colara lasquinhas de ração para parecerem pregos e rebites. Yah!
- Pois é! Eles já tiveram dois prêmios Nobel da Literatura ...
- Também, com onze línguas... até eu, resmungou Jujuba, a nervosinha. Uma delas ia ganhar a tal corrida ...
- Que corrida, Jujuba? É um prêmio de mérito. Um prêmio que se dá por causa da alta qualidade da escrita do autor, explicou Tio Chicão, lá de seu tapete azul. - Quem ganhou na África do Sul foi J.M.Corteze e a sra. Nadine Gordimer.
- Quem lê isso? Tudo pra cachorro de rico! Cachorro de pobre lê livro pobre! resmunga Jujuba.
- Mas o que é isso aqui? reclama a Lua. Eu estou trabalhando! TRABALHANDO! E vocês enfiando os bigodes no meu trabalho!!! Nada disso!
- Apenas um esclarecimento antes de continuarmos, Lua, disse a Azeitona. A Jujuba está sendo preconceituosa porque a arte é para todos. A escrita é uma arte fenomenal e quem quiser pode dela desfrutar. Porém, apenas para esclarecer, um autor sul-africano renomado é J.R.R.Tolkien e ele escreveu O Senhor dos Anéis, livro popularíssimo!
- Certo! Certo! Mas vamos em frente que o Dungacão vai ligar!!! reclamou a Lua, enquanto a Jujuba resmungava alguma coisa e se escondia embaixo do cobertor da Pipoca, empurrando a amarelinha pro canto. - E tem dança na África do Sul? – questionou a Lua.
- Claro, Lua. As danças, como em quase todo o território africano, estão intimamente ligadas às práticas da guerra, da caça e dos festejos e cerimônias, explicou Azeitona.
- Cada um no seu quadrado? perguntou a branquinha.
- Mais ou menos, disse a Azeitona, pensando em como seria difícil explicar as danças pra cadelinha. Melhor não! - Mas tem esportes também.
- Isso eu sei, disse a Lua.
- Como assim? Sabe o quê? inquiriu a Azeitona.
- Eles, os sul-africanos, foram campeões mundiais de rúgbi em 1995 e 2007. Foi um cachorro quem me contou, disse a Lua.
- É verdade, disse Azeitona, sem deixar transparecer sua surpresa. Essa branquinha era imprevisível. - Mas você sabe qual é o mascote deles nesta Copa de Futebol Mundial? Um leopardo que recebeu o nome de Zakumi (ZA é a sigla do país e KUMI quer dizer dez). E a bola de futebol para essa Copa tem onze cores diferentes porque ...
- .... tem onze etnias diferentes e ela, a bola, tem nome ... completou a Lua.
- É sim! disse Azeitona, totalmente perdida diante da branquinha. - E ela recebeu até um nome...
- ... é a Jabulani, completou a Lua, com o focinho mais sério.
- Lua! Que está acontecendo? De onde você tirou todas essas informações? perguntou Azeitona.
- Do jornal que papai colocou no chão pra gente lá no quintal. Fui lá fazer meu xixi e encontrei a notícia. Mas é só isso! Pode continuar, disse Lua, enfiando o pedaço do jornal pra debaixo do tapete ao ver que a Azeitona ficara irritada.
- Certo! E Jabulani quer dizer “trazendo alegria para todos”, completou uma Azeitona séria.
- Que nem você, Azeitonaaaaaa, disse a Lua ao mesmo tempo em que pulava sobre o focinho da pretona e lhe dava uma grande lambida, toda feliz. Como ficar brava com ela? Não dá. Azeitona levantou-se e seguiu para o balde de água. Falar tanto lhe dera sede. Nesse tempo, a Lua encontrou as colas que a Azeitona usara e viu que se tratava de uma reportagem sobre a África do Sul feita por uma jornalista de nome Carina Bessa e que publicou tudo isso que foi dito e muito mais em sua matéria África do Sul, a bola da vez, no Jornal Leve e Leia – ano 3, maio de 2010 – pp. 2 e 3.
- Essa Azeitona .... tão séria ... que a gente acredita! Bom, o importante é que o Dungacão pode ligar agora que já tenho o que latir. Brasssiiiiillllll. AUUUUUUU. Beijos, tia Cris. Rumo ao hexa pão de queijooooooooooooooooo.